Como já é tradição no blog Populista, com a proximidade das festividades de final de ano tenho o costume de publicar algumas matérias sobre talvez o personagem mais icônico e ignorado do natal brasileiro, trata-se do Vovô Índio e todo o imaginário que permeia esse ícone marginalizado do folclore brasileiro.
O personagem é uma verdadeira fonte inesgotável de singularidades, representando um pouco da dicotomia dos anos 1930, e o nacionalismo desenfreado no mundo. Os defensores do tradicional Papai Noel, eternizado pelas peças publicitarias estadunidenses, utilizaram de inúmeros apelos para defender o personagem, em detrimento do Vovô Índio, alguns autores, inclusive sugerem que a figura do Vovô Índio seja mais indicada ao Carnaval, "sendo deixado o bom velhinho em paz".
Essa sugestão pode ser encontrada pelo artigo publicado de autoria do escritor Jenny Pimentel de Borba, com ilustrações de Cicero Valladares, na revista O Malho, publicada em 21 de dezembro de 1933, com o título Papá Noel x Vovô Índio, nela e sugerido que o Vovô Índio seja entronizado em substituição ao Rei Momo.
Acima imagem do artigo publicado na revista O Malho, em 21 de dezembro de 1933, página 33, número 29, com o título Papá Noel x Vovô Índio (Fonte: Biblioteca Nacional).
https://historia-do-prp.blogspot.com/2014/12/vovo-indio-um-personagem-esquecido-do.html
https://historia-do-prp.blogspot.com/2013/12/a-presenca-do-vovo-indio-nas.html
https://historia-do-prp.blogspot.com/2016/12/vovo-indio-e-resitencia-cultural-no.html
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