Lançado em 1932 como uma alternativa a figura europeia do Papai Noel nas celebrações de Natal, o Vovô Índio idealizado por Christovam de Camargo, se tornou gradativamente um símbolo de contestação social incorporado na "panela de pressão" da década de 1930, despertando a simpatia e desprezo por diversos intelectuais e artistas, ao longo do período.
O edital público lançado pelo escritor Christovam de Camargo, em 1932, buscava criar uma interpretação artística única para o personagem, divulgado o concurso nas páginas do jornal Correio da Manha. Segundo o próprio jornal, na edição de 17 de dezembro de 1935, é possível encontrar o veredito do júri, premiando os artistas Euclydes Fonseca, Henrique Cavalleiro e Humberto Nabuco dos Santos, segundo a publicação:
"A arte como sempre fez o seu milagre. Tinhamos a figura de Vovo Indio plasmada pela magia do pincel. Podia o novo symbolo começar a sua carreira em busca da immortalidade. E Papa Noel se encontrava uma alternativa: despedir-se. (...) O enraizamento de Vovo Indio nos nossos costumes será o primeiro passo da grande campanha pelo Abrasileiramento do Brasil, tão ardenetemente pregado no meu recente livro - O Grave Problema da Instruccção Popular."
Acima imagem publicada no jornal Correio da Manha, em 17 de dezembro de 1935, página 05 (Fonte: Biblioteca Nacional).
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