sexta-feira, 4 de março de 2011

"Série Entrevista II - Sr. Antônio de Pádua Franco Ramos"

Ficha técnica
Nome: Antônio de Pádua Franco Ramos
Filiação: Raymundo Ramos Vieira e Hermilla Franco Ramos
Estado: Parnaíba - PI
Data do nascimento: 05 de fevereiro de 1935
Profissão: Administrador e Advogado; consultor de empresas e de governos

Entrevista realizada no mês de fevereiro de 2011 por Guilherme Jorge Figueira com o Águia Branca membro dos Centros Culturais da Juventude - CCJ, entidade estudantil ligada ao Partido de Representação Popular – PRP (1945-1965) Dr. Antônio de Pádua Franco Ramos.


1) Dr. Pádua Ramos, sempre há o começo na militância política, como foi o seu início?

Eu era aluno de português do legendário professor José Rodrigues e amigo (amizade de famílias) do então jovem João Paulo dos Reis Velloso, ambos católicos militantes e líderes do movimento integralista de minha cidade natal, Parnaíba (PI). João Paulo emprestava, indicava livros, que minhas irmãs e eu líamos empenhadamente, com destaque para os de autoria de Plínio Salgado.

2) O senhor fez parte do Partido de Representação Popular - PRP, que aglutinou diversos Integralistas da antiga AIB? Por quê?

Não fiz parte do PRP, a não ser quanto a freqüentar algumas reuniões domingueiras. Não tinha, não tenho vocação para a política partidária, mas sim para políticas no campo cultural.

Depois, participei em Parnaíba da criação do Centro Cultural, integrante dos chamados Centros Culturais da Juventude, presidido por Gumercindo Rocha Dorea. O Presidente de Honra era Plínio Salgado. Na verdade, aos 20 anos me mudei para Fortaleza (CE), onde me engajei no Centro Cultural Clóvis Beviláqua, sob a liderança de Gaspar Brígido, de saudosa memória. Era um movimento pujante da juventude, contando com lideranças notáveis, como as desses dois citados e de outros mais, como o notável conferencista Helio Rocha.

3) Durante as eleições ocorreram diversas Carreatas Populista para promover a campanha de Plínio Salgado para Presidente, na década de 50? O senhor participou de alguma delas? Como elas se desenvolviam?

Não houve carreatas. Plínio era de longe o mais preparado dos candidatos. De modo que o forte da campanha eram os comícios, nos quais o verbo de Plínio Salgado era insuperável. Magnetizava a todos os presentes à praça pública.

Certa vez, jornalista antipatizante -- note bem: antipatizante de Plínio Salgado o ouviu discursando em comício em Belo Horizonte. Ficou hipnotizado. Fascinado. E, honesto, publicou comentário dizendo que Plínio era o único candidato cujo discurso passava ao ouvinte a sensação de estar escutando o Hino Nacional. Tornaram-se grandes amigos.

4) Por fim, qual a mensagem que o senhor deixa a todos os jovens que
atualmente buscam informações sobre a trajetória do movimento Integralista?


É indispensável a leitura de "Direitos e Deveres do Homem" e "Psicologia da Revolução, de Plínio Salgado. Para atualização da face "móvel" do Integralismo, que portanto não toca em sua essência, é indispensável ler: 1) - Discurso do Deputado Plínio Salgado e respectivo projeto de lei propondo ao Congresso Nacional a criação de uma câmara corporativa técnica; 2) - o Estudo de Goffredo da Silva Telles Juniorcontendo sugestão, à Revolução de 64, sobre como deveria ser a Constituição;3) - suas memórias e as memórias e Miguel Reale, ali onde ambos criticam acorporativismo integralista, passível de aperfeiçoamento.

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Abaixo lista de entrevistados:

Entrevista XII: Sr. Marco Antonio Rattes Nunes: (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/12/serie-entrevistas-xii-sr-marco-antonio.html);

Entrevista XI: Sra. Ana Carolina Monteiro Porto de Oliveira (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/11/serie-entrevistas-xiii-sra-ana-carolina.html);

Entrevista X: Sr. Jeronimo de Araujo (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/10/serie-entrevistas-xii-sr-jeronimo-de.html);

Entrevista IX Sra. Lieden Maria de Oliveira Carvalho (http://historia-do-prp.blogspot.com.br/2013/07/ssss.html);










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