"Sigma o principal símbolo da Acção Integralista Brasileira"

O Sigma é o principal símbolo dos Integralistas, utilizado amplamente durante a existência da Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937) e adotado posteriormente pelo Partido de Representação Popular - PRP (1945-1965) na década de 1950, foi responsável em representar o movimento dos camisas-verdes em todo o país, através de diferentes artigos, sendo adotado inclusive em seu uniforme. 

Segundo os Protocolos e Rituais da Acção Integralista Brasileira: "O sigma é o sinal symbolico do Movimento Integralista, e uma letra grega que corresponde ao nosso "S" e indica somma; Leibnitz escolheu-a para indicar a somma dos finitamente pequenos; E a letra com a qual os primeiros christãos da Grécia indicaram a palavra "Deus"; E o nome da Estrella Polar do hemispherio sul; Elle lembra que o nosso Movimento é no sentido de integrar todas as Forças Sociães do Paiz na suprema expressão da Nacionalidade".

Preferido o Sigma maiúsculo ao invés do minusculo, segundo uma questão de estética descrita pelo Protocolos e Rituais, é possível ser encontrado em bandeiras, distintivos ou na própria camisa-verde, por exemplo, o Sigma preto no interior de um circulo branco. Exemplares da época são extremamente difíceis de ser encontrado, devido as perseguições promovidas pelo Estado Novo (1937-1945).

Com o objetivo de fugir das perseguições promovidas pela polícia política de Getúlio Vargas (1882-1954), muitos camisas-verdes destruíram seus antigos uniformes, com o intuito de não deixar provas que pudessem incriminá-los. Inclusive, esse tipo de ação de antigos militantes é narrada em diversos depoimentos, que podem ser encontrados em inúmeras publicações, dentre elas, o livro "A tentação Fascista no Brasil", de Hélgio Trindade, publicado em 2016. 

Acima frente do bordado com o Sigma, produzido na década 1930, utilizado no uniforme dos camisas-verdes

Verso do bordado com o Sigma, produzido na década 1930, utilizado no uniforme dos camisas-verdes

Modelo do bordado que deveria ser produzido pelos camisas-verdes e costurado em seus uniformes, publicado no jornal Monitor Integralista, n° 9 (Fonte: Arquivo Público de Rio Claro).