segunda-feira, 23 de outubro de 2017

"Exibição do filme Anauê! o Integralismo e o Nazismo na região de Blumenau"

No dia 26 de outubro de 2017, às 19:00 horas, será exibido o filme "Anauê! o Integralismo e o Nazismo na região de Blumenau", com direção e roteiro de Zeca Pires. Segundo o sinopse: "Com depoimentos de acadêmicos e descendentes de alemães da região de Blumenau; o documentário revisita o que aconteceu no período da Segunda Guerra mundial àquela sociedade, o envolvimento ideológico com o nazismo e o integralismo; as informações que tinham sobre o holocausto; como foi tratada esta sociedade pela nacionalização e a relação que havia entre alemães e brasileiros natos". 

Infelizmente, o festival de cinema do Rio de Janeiro, na edição de 2017, não trouxe o documentário ao público, entretanto a exibição no auditório "Elke Hering", localizado na Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC é uma ótima oportunidade aos curiosos conhecerem um pouco mais sobre o tema, além de debaterem com especialistas sobre a temática. Lembro aos interessados que o evento é gratuito. 

Acima imagem de divulgação do do filme "Anauê! o Integralismo e o Nazismo na região de Blumenau", com direção e roteiro de Zeca Pires (Fonte: Facebook).

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

"Uniforme Integralista e a resistência cultural contra movimentos estrangeiros"

Os Protocolos e Rituais da Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937) é o principal documento para compreender as peculiaridades do movimento político, que esteve presente em todo o território nacional. Responsável em criar uma unidade ao movimento, é possível observar que alguns núcleos incorporaram vestimentas tradicionais aos seus uniformes, como, por exemplo, os militantes gaúchos. 

Os uniformes dos Integralistas estavam devidamente indicados na página 11 dos Protocolos e Rituais da Acção Integralista Brasileira. Ao analisar o documento não é encontrado nenhuma referência para itens típicos do traje gaúcho, como, por exemplo, chapéu, lenço, bombacha ou bota. Ao contrario do que se poderia imaginar num primeiro momento, a incorporação de itens tradicionais ao uniforme Integralista não foi criticado pela revista Anauê!, mais incentivado como um fator de resistência cultural a movimentos alienígenas, como fascismo e nazismo.


Acima imagem de Integralistas presentes em Santa Rosa, Rio Grande do Sul, publicado na revista Anauê!, n°16, p.64, junho de 1937. 


Imagem da página 11 dos Protocolos e Rituais da Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937), publicado em 1937. 

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

"A presença de clérigos na Acção Integralista Brasileira"

A presença de religiosos nas fileiras do Sigma é um tema embrionário, infelizmente pouco se sabe sobre a participação de clérigos no Integralismo, também chamados de "batinas-verdes". Em uma análise inicial é possível encontrar na Câmara dos Quatrocentos, um dos principais órgãos do movimento, a presença de três religiosos, são eles: Leopoldo Aires, Ponciano Stenzel dos Santos e Tomás de Aquino. 

Livros, artigos ou comícios, por exemplo, são outras formas de observar a presença marcante de religiosos no Integralismo. Ao pesquisar os jornais publicados pelos camisas-verdes é possível encontrar alguns artigos justificando a adesão de alguns personagens no movimento, como do Padre Leopoldo Aires. No jornal A Razão, publicado em 23 de fevereiro de 1937, n° 227,  esta presente um pequeno artigo informando a adesão do clérigo, figura de destaque no Estado de São Paulo. 

Curiosamente o artigo publicado no jornal A Razão terá uma versão estendida, publicado em forma de opúsculo com o título "Por que me fiz Integralista - Uma explicação A Provincia de São Paulo e um appello a mocidade paulista", editado no Estado do Rio de Janeiro, em 1937. A rara publicação aborda não apenas os aspectos do seu ingresso no Sigma, mais um apanhado de toda sua trajetória política que culminou com a filiação na Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937). 


Acima imagem do artigo publicado no jornal A Razão,em 23 de fevereiro de 1937, n° 227, página 01, com o título "O Pe. Leopoldo Aires no Integralismo" (Fonte: Biblioteca Nacional). 


Na imagem opúsculo "Por que me fiz Integralista - Uma explicação A Provinca de São Paulo e um appello a mocidade paulista", editado no Estado do Rio de Janeiro, em 1937 (Fonte: APERJ).

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

"Divulgando as obras Integralistas pelo país"

Livros sobre o Integralismo publicados na década 1930 são raros com preços acima da média, sua raridade em parte decorre do número baixo de edições e das perseguições ocorridas durante o Estado Novo (1937-1945), responsáveis em apreender e destruir farto material da bibliografia do Sigma, pela polícia e seus militantes, com medo de serem presos portando itens proibidos. 

Antes da instauração do Estado Novo a comercialização de livros e jornais Integralistas foi algo fartamente realizado em todo o território nacional, com a publicação de inúmeros encartes divulgando as obras Integralistas, em alguns casos com imagens e biografias dos seus autores, como por exemplo, do líder Plínio Salgado. 

Com o objetivo de atrair o publico consumidor do movimento algumas editoras disponibilizavam o serviço de encadernação em verde, com letras e o símbolo Integralista Sigma em dourado, como, foi o caso da Livraria Editora Coelho Branco, responsável em publicar inúmeras obras da bibliografia Integralista. 


 Acima capa do encarte intitulado "Livros do Consagrado Escriptor Plinio Salgado", publicado pela Livraria Editora Coelho Branco (Fonte: APERJ).


Acima contracapa do encarte intitulado "Livros do Consagrado Escriptor Plinio Salgado", publicado pela Livraria Editora Coelho Branco, na imagem é possível observar farta disponibilidade de obras Integralistas (Fonte: APERJ).