Os Protocolos e Rituais da Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937), publicados na década de 1930 no Monitor Integralista, e posteriormente, em meados de 1950, na Enciclopédia Integralista, preveem diversos rituais responsáveis em criar características únicas ao movimento do Sigma, sendo obrigatória sua realização e participação de todos os camisas-verdes, formalmente filiados ao movimento. Entre os diversos rituais, um em especial é emblemático, trata-se do evento intitulado Noite dos Tambores Silenciosos.
Acima imagem do convite para a cerimônia da Noite dos Tambores Silenciosos publicada no jornal A Razão, n°26, p.10, ano 1936.
Criado com o objetivo de comemorar o lançamento do Manifesto de Outubro de 1932, realizada pela primeira vez durante o I Congresso Meridional Integralista de 1935, em Blumenau - SC, foi novamente incorporada ao calendário Integralista, pelo Partido de Representação Popular - PRP (1945-1965), após as comemorações do Jubileu de Prata do Integralismo, demonstrando sua importância e simbolismo para o movimento e os militantes.
Segundo os Protocolos e Rituais a Noite dos Tambores Silenciosos deveria ser iniciada pontualmente às 21 horas, em todos os núcleos pelo país, sendo representado o Chefe Nacional pelo camisa-verde mais humilde. Após a apresentação dos hino nacional e Integralista, eram chamados os mártires do movimento, sendo saudados com o grito de "presente". Na última etapa, soavam os tambores por três minutos, no qual era simultaneamente lido o poema de Jaime de Castro, com o titulo "A Noite dos Tambores Silenciosos".
Recorte de jornal A Razão, n°27, p.01, ano 1936, sobre a prisão do Chefe Provincial da Baía Sr. Araujo Lima, demonstrando a importância da cerimônia para o militante.
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