No dia 21 de fevereiro de 2013,
em diversas partes do Brasil, foi comemorada a tomada do Monte Castelo, região localizada
na Itália, então ocupada pela Alemanha, sendo uma das principais batalhas
travadas no final da Segunda Guerra Mundial, por tropas Aliadas, em grande
parte protagonizada pelos soldados da Força Expedicionária Brasileira – FEB que
disputaram a hegemonia territorial com o Exército Alemão. O conflito foi marcado pelo
grande número de baixas, devido às fortificações nas elevações da colina, além
das temperaturas extremamente baixas somadas com lamaçais e neve que
dificultaram a incursão dos soldados brasileiros.
Atualmente o confronto é considerado a principal participação brasileira nos cenários da Segunda Guerra
Mundial, tendo sido fundamentais as ações promovidas pela Força Expedicionária Brasileira para o avanço dos
Aliados em direção ao Norte da Península Itálica, região tática primordial no
conflito, além da libertação de vilas e cidades das garras nazistas e de suas
atrocidades.
A memória desse feito histórico e
suas homenagens demonstram o respeito dos cidadãos à coragem dos praças que lutaram e tombaram em solo Europeu, porém os estudos acadêmicos e eventos festivos não
abordam a participação durante os anos 1930 de diversos soldados integrantes das fileiras da FEB na Acção
Integralista Brasileira – AIB (1932-1937), como por exemplo, o Capelão Frei
Orlando, patrono do Serviço Religioso do Exército Brasileiro.
Nascido no interior de Minas
Gerais, em 13 de fevereiro de 1913, foi batizado com o nome de Antônio Álvares
da Silva, tornando-se órfão ainda menino com a perda dos pais, sendo criado por uma família católica
da região que foi responsável pelo direcionamento para a vida clerical do jovem que iniciou os estudos em Divinópolis – MG, seguindo posteriormente para a
Holanda, de onde retornou com o sacerdote Frei Orlando.
Imagem de Frei Orlando (1913-1945) Capelão Militar na 2° Guerra Mundial (Fonte: AHEX).
Após sua volta ao Brasil passou a
lecionar no Colégio de Santo Antônio, localizado em São João del Rei – MG,
aonde deparou com a cidade em polvorosa após a chegada de grande contingente de soldados alistados as Forças Expedicionárias Brasileiras. Não se conformando em permanecer a margem do que ocorria na cidade viu a
oportunidade em se alistar ao 11°RI quando o comandante do regimento solicitou
a indicação de um religioso para capelão militar, integrando-se, então, à FEB,
e seguindo para Europa.
Pouco antes da tomada de Monte
Castelo, durante uma visita à linha de frente, Frei Orlando faleceu vitimado por
um tiro acidental. Contava com 32 anos de idade, tornando-se o único capelão
brasileiro morto nas operações de guerra da Itália. Seu corpo atualmente repousa no Cemitério de Pistola, sendo sido enterrado com sua camisa-verde embaixo da batina, conforme declarou em discurso o Deputado Populista Sr. Hilário Torloni (PRP-SP), na tribuna da Câmara de Deputados, publicado as palavras no Diário Oficial do dia 20 de agosto de 1955. Além deste herói nacional
muitos outros Integralistas integrantes das Forças Expedicionárias Brasileiras foram
condecorados por atos de bravura, tornando-se exemplos para os demais soldados.
Imagem da missa realizada por Frei Orlando durante os combate na Itália (Fonte: AHEX).
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