No dia 07 de fevereiro de 2020 a mídia em geral divulgou amplamente uma ação da Secretária de Educação de Rondônia na qual listava 43 (quarenta e três) livros que deveriam ser recolhidos das escolas do Estado de Rondônia por conterem "conteúdos inadequados" a crianças e adolescentes, dentre as obras, é possível encontrar diversos clássicos, como, por exemplo, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Os Sertões e Macunaíma.
A medida translocada do Governo Estadual de Rondônia me fez recordar de uma obra interessante publicada sobre a perseguição policial contra intelectuais no Estado Novo (1937-1945). O livro intitulado "O Risco das Idéias: Intelectuais e a Polícia Política (1930-1945)", de autoria Álvares Gonçalves Antunes Andreucci, publicado pela FAPESP, em 2006, possui uma curiosa lista de livros apreendidos pela polícia, demonstrando que a perseguição a livros e algo comum na história nacional.
Dentre os livros recolhidos pela polícia política de Getúlio Vargas (1882-1954), gostaria de destacar as diversas obras Integralistas, publicadas por autores diversos, dentre eles, Plínio Salgado, Gustavo Barros, Miguel Reale. Neste época o simples fato do cidadão possuir uma biblioteca em sua residência, com obras avaliadas como subversivas pelo Estado, ocasionaria a apreensão do material, com o encaminhamento do seu detentor a sede policial para explicações.
Acima imagem da capa do livro "O Risco das Idéias: Intelectuais e a Polícia Política (1930-1945)", de autoria Álvares Gonçalves Antunes Andreucci, publicado pela FAPESP, em 2006.
Parte da lista de livros apreendidos publicado no livro "O Risco das Idéias: Intelectuais e a Polícia Política (1930-1945)", de autoria Álvares Gonçalves Antunes Andreucci, publicado pela FAPESP, em 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado.