A presença e colaboração financeira em movimentos políticos-sociais são muitas vezes renegadas a um plano secundário, perdendo a oportunidade de reunir informações importantes para a realização de projetos idealizados pelas próprias organizações. Um documento bem estruturado, pode evidenciar peculiaridades desconhecidas pelos próprios membros, tornando-se uma importante ferramenta de trabalho para a instituição.
A Acção Integralista Brasileira - AIB (1932-1937) teve ao longo de sua existência um detalhado histórico financeiro, fundamental para um movimento presente em todo o território nacional. Através desse controle era possível visualizar os Núcleos que mais arrecadavam, além dos números de camisas-verdes devidamente registrados nas fileiras do Sigma em dia com suas contribuições.
Infelizmente devido a perseguição imposta pelo Estado Novo (1937-1945) pouco desses documentos sobreviveram, mas de 80 anos depois da sua fundação ainda é possível encontrar alguns arquivos que contam com a presença dessas atas originais sobreviventes não apenas da perseguição, mais da ação do tempo.
Hoje exponho aos frequentadores do blog um dos poucos documentos, relativos as finanças da Acção Integralista Brasileira, remanescentes desta época que sobreviveu, trata-se de uma ata do Núcleo Integralista de Castro Alves, localizada no interior da Bahia, datada de 1936. Neste período a perseguição imposta pelo Governador Juracy Magalhães foi intensa, sendo muitos camisas-verdes presos, torturados e posteriormente e enviados para colonias penais, como as de Ilha Grande (RJ) e Fernando de Noronha (PE).
Acima imagem do demonstrativo de contribuições do Núcleo Integralista de Castro Alves - BA. Neste documento consta a colaboração do número 01 ao 19.
Acima segunda página do demonstrativo de contribuições do Núcleo Integralista de Castro Alves - BA. Neste documento consta a colaboração do número 21 ao 40.
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