Na última postagem do blog
Populista divulguei aos leitores a entrevista da Sra. Evandra Novaes Santos que
faz, através de cinco perguntas, uma pequena retrospectiva sobre sua vida e seu
contato, durante a sua infância, com o escritor, poeta e político Plínio
Salgado e família. A importância desse registro é imensa devido à fragilidade
da história oral e seu pouco reconhecimento pela academia que infelizmente não
prioriza esta forma de estudar a pluralidade do Integralismo e seus diferentes
personagens, somando-se assim aos nove depoimentos já registrados e publicados neste
canal.
Registros como os mencionados
acima são interessantes fontes de pesquisa por trazer uma ótica diferenciada de
fatos e personalidades históricas, um exemplo é o discurso de posse na cadeira
n°6 da Academia Paulista de Letras - APL, realizado no dia 26 de agosto de
1993, pelo escritor Luiz Carlos Lisboa, cujo faz um paralelo das antigas
personalidades participaram da história da Academia, transcrevo uma parte que
traz diversos detalhes sobre a biografia de Salgado revelando aspectos pouco
conhecidos do antecessor do autor do discurso na cadeira n°6:
“Antes dele, ocupou a cadeira
seis da Academia Paulista de Letras Plínio Salgado. Nenhum de seus antecessores
ou sucessores neste posto foi tão assíduo quanto ele, não tão precoce, no
exercício do jornalismo. Na sua São Bento do Sapucaí foi mestre-escola e
agrimensor, antes de fundar, em 1916, com Joaquim Rennó Pereira, seu futuro
cunhado, o seminário Correio de São Bento. Foi também diretor de um grupo
teatral, de um clube de futebol, e supervisor do “tiro de guerra”. Seu primeiro
emprego em São Paulo foi o de suplente do Correio Paulistano, órgão do Partido
Republicano Paulista. Pouco depois era redator do jornal, a convite de Menotti
Del Picchia. O primeiro livro, O Estrangeiro, esgotou-se em três semanas e foi
considerado por Agripino Grieco o melhor romance do ano. Os artigos de Plínio
sobre o Movimento Verde – Amarelo – que contava com Cassiano Ricardo, Cândido
Motta Filo e Menotti – saiam no Correio, e no Rio de Janeiro apareciam na
Revista Novíssima.” (Fonte: www.academiapaulistadeletras.org.br.)
Plínio era um homem de buscas incesantes,além do seu tempo,inteligente brilhante em tudo o que fazia,tinha hábitos simples,uma fé inabalável,dono de belíssima oratória,impecável,um grande mestre.
ResponderExcluirPrezada, obrigado pela mensagem, sem duvida Salgado e uma figura injustiçada pela historiografia oficial.
ExcluirEste blog tem exatamente o objetivo de rediscutir o personagem e suas obras filosóficas, politicas e sociais.