Acima imagem com o nome dos camisas-verdes que tombaram durante o ataque ao Palácio da Guanabara, no dia 11 de maio de 1938.
O levante de 11 de maio de 1938 é um assunto ainda muito pouco estudado pela historiografia. Infelizmente a falta de trabalhos sobre o tema faz com que se perca uma ótima oportunidade em compreender os aspectos que levaram diversos grupos civis, em alguns casos antagônicos, a se unirem para tentar dar um basta nas atrocidades promovidas pelo Estado Novo (1937-1945), com a volta da Constituição Federal de 1934.
Aos leitores interessados em compreender um pouco mais sobre esta história, podem encontram alguns artigos esporádicos na Internet, porém livros que abordam especificamente o tema existe apenas a obra intitulada Terrorismo em Campo Verde, escrita por Helio Silva, repleta de ironias e analises torpes sobre o episódio, que não se limitou apenas ao ataque ao Palácio da Guanabara, alcançando outras ações armadas pelo Rio de Janeiro.
Uma das formas de entender o fato histórico, é através da historial oral, tendo acesso a depoimentos de pessoas que estiveram presentes ou conviveram com as mesmas. Através desta analise diferenciada pode-se encontrar aspectos interessantes não apenas dos confrontos de 11 de maio de 1938, mas a memória e homenagens na qual são realizadas todos os anos pelos Integralistas. Abaixo transcrevo parte da entrevista realizada por mim com o Sr. Sergio Vasconcellos, nesta o leitor poderá conhecer um pouco mais sobre o mausoléu Integralista em homenagem aos camisas-verdes que tombaram no 11 de maio de 1938, ignorado nos estudos sobre o tema:
Guilherme Jorge Figueira - O que pode me dizer do Mausoléu Integralista, localizado no cemitério do Caju, fundado para homenagear os militantes que tombaram no fatídico 11 de maio de 1938?
Sergio Vasconcellos - Bom, ainda no Estado Novo, as antigas placas de mármore foram contrabandeadas para dentro do Cemitério pelo Companheiro Antônio Brêtas e pelo meu Tio Manoel, sob os paletós. O atual monumento foi erguido, se não me falha a memória em 1973, por iniciativa dos saudosos Companheiros General Jaime Ferreira da Silva, Almirante Arnaldo Hasselmann Fairbain, Comandante Júlio Barbosa do Nascimento, João Baptista Drummond Franklin, Thucydides de Toledo Piza e tantos outros cujo nome infelizmente não me recordo, e que faziam parte de um grupo que se reunia no Centro, no escritório do General Jayme, sob as designação de Instituto Carioca de Estudos Brasileiros. Não confundir este grupo com aquele outro, que se reunia no Escritório do saudoso Companheiro Jáder Araújo de Medeiros, cujas reuniões comecei a frequentar em 1975, e que era conhecido como Cruzada de Renovação Nacional, e que publicava o Jornal mensal, "Renovação Nacional".
Acima imagem parcial do mausoléu Integralista presente no Cemitério do Caju - RJ, neste consta a frase: "Á todos os Companheiros que se foram acreditando em nós, Anauê, Pelo Bem do Brasil".
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