Após o regresso de Plínio Salgado ao Brasil, sua principal renda provinha de direitos autorais das suas obras editadas no Brasil e exterior, entre elas A Vida de Jesus, livro produzido durante seu exílio em Portugal. Infelizmente os honorários provenientes destas obras não possuíam a regularidade desejada, se tornando um problema para as despesas diárias, por mais modestas que fossem.
Para solucionar este problema e poder gerar um pequeno capital de giro, trazendo assim uma pequena estabilidade financeira, Plínio Salgado resolveu fundar uma editora, em 1946, localizada na Rua do México, 128, Loja 1, na cidade do Rio de Janeiro, denominada Livraria Clássica Brasileira, com livraria anexa a editora aberta a toda população.
Através deste canal se conseguiu fechar diversos contratos com editoras estrangeiras para tradução e publicação de livros anticomunistas, pois esclarecer o povo brasileiro sobre essa doutrina era uma das principais funções da Livraria Clássica Brasileira e do Partido de Representação Popular (PRP). Além das publicações estrangeiras e de correligionários, também publicou livros de sua autoria, como: Espírito da burguesia, Mensagem às pedras do deserto, Direitos e deveres do Homem, Doutrina e tática comunista, entre outros.
Segundo o veterano do PRP Jader Medeiros, já falecido, a Livraria Clássica Brasileira teve seu fim na década de 60, devido a um incêndio criminoso promovido por comunistas, esta ação lasciva impediu que muitos projetos tivessem continuidade, entre eles a Enciclopédia Integralista, que previa em seu projeto inicial 25 volumes.
Com esta atitude Salgado deixava claro que uma livraria é uma casa com o mundo dentro. Sendo o canal que o escritor traduz suas idéias, através dos livros ao leitor, tornando-se o abrigo de histórias, doutrinas e memórias contadas por palavras silenciosas que se tornam presentes permanentemente ao público.
Na imagem acima propaganda dos primeiros vinte volumes previstos na Enciclopédia Integralista.